O livro do riso e do esquecimento

>> 30 agosto, 2009

"(...) Sente-se assaltado por tudo que há de absurdo, de ridículo, de pueril em sua viagem. Não foi um raciocínio, nem um cálculo que o levou até ela, mas um desejo insuportável. O desejo de estender o braço até seu passado e esmagá-lo com o punho. O desejo de dilacerar com uma faca o quadro de sua juventude. Um desejo arrebatado que ele não pôde dominar e que vai continuar insatisfeito. (...)"

(Milan Kundera. O livro do riso e do esquecimento)

Terminei de ler hoje (ou seria reler? Simplesmente não consigo lembrar se já li... estranho, né? Taí uma manifestação do meu subconsciente...)

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Amigo é coisa pra se guardar onde mesmo?

>> 24 agosto, 2009

Vendo Sex and the City (entre outros filmes Hollywood), tenho a sensação de que a vida delas não é perfeita, mas algo que garante sempre bons momentos é a amizade: seja pra rir ou chorar, uma (ou todas) está sempre pela outras. E isso me faz lembrar da adolescência, quando eu não desgrudava das minhas amigas e não fazia nada sem antes perguntar a opinião delas e sempre corria contar quando algo “importante” acontecia. Impressionante a capacidade de conversar o dia inteiro na escola e depois ficar horas no telefone (naquela época ninguém tinha Internet banda larga pra ficar no msn.... putz, to velha!!).
O tempo foi passando, o povo, ficando mais maduro e ocupado (e eu, mais velha e cricri).

- Antes de continuar, quero apenas esclarecer: esse post não foi motivado por nenhum fato específico nem por ninguém específico.

O fato é que pra mim Sex and the City é algo muito fake (pelo menos da minha realidade), mas por outro lado mostra algo que acontece mesmo: já reparou que elas podem estar super felizes, mas se uma delas arranja um namoro novo P-e-r-f-e-i-t-o (nas palavras dela, claro) ou um emprego com salário bacana ou qualquer coisa positiva, as outras começam a pensar se são/ estão realmente felizes, se o namorado atual é tudo aquilo mesmo, se o emprego satisfaz, se, se, se...
Ter amigas é maravilhoso, afinal só sendo mulher pra entender 100% o que é ter TPM, o que pensar mil vezes se você deve fazer joguinho com o cara que ta afim, o que é estar com uns quilos a mais e ser convidada pra ir pra praia, o que é conhecer a família do cara, o que é um bad hair day, o que é ter dúvidas sobre a hora certa de transar, etc, etc, etc. Sem contar viajar juntas, beber todas, conhecer gaténhos, ir pro boteco tomar cerveja, shows de rock, fazer umas loucuras que vocês vão lembrar a vida inteira.
Mas voltando ao Sex and the City e tudo aquilo que falei antes, amizade com mulheres inclui algo que, na grande maioria das amizades com homens, não existe: competição e inveja. Quem nunca teve uma amiga que quando estava mal chorava no seu ombro e depois que ficou bem simplesmente desapareceu? Ou aquela que fazia questão de dizer o quanto o namoro dela andava bem quando sabia que o seu não estava? Ou que adorava te chamar pra ir pra balada mas nunca te atendia quando você estava deprê? Ou...
(Hoje to cheia de repetições e reticências...)
Quem já teve, atira a primeira pedra no ‘comentários’ aí embaixo. Quem não teve e discorda, acha que eu to ficando louca, pode atirar também uma pedrinha virtual. (sentiram que to doida pra ver o circo pegar fogo...hahahaha)

Bjs pra todo mundo e ótima semana!

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valeu, vô!

>> 21 agosto, 2009

Quando morre aluguém mais velho talvez nos seja mais fácil compreender, entender, aceitar. Mas de maneira alguma isso significa que doa menos.
Hoje perdi um avô que havia ganhado há pouco mais de dois anos e por quem tenho um carinho absurdo (embora ele nunca tenha decorado meu nome, rs). Fica a certeza de que foram mais de 90 anos de muitas alegrias e, por isso, fica agora a saudade. Valeu, vô!

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I'm not sorry, it's human nature

>> 20 agosto, 2009

Amanhã eu venho com um post de verdade que quero escrever já há bastante tempo (até comecei), mas não escrevi ainda sei lá pq. Mas hoje decidi dar as caras por aqui só para dizer que tô viva e bem!
Ontem voltei do trabalho ouvindo meu ipod e parei na Madonna... trocentas músicas dela no meu ipod e sei praticamente todas. Todo mundo tem ídolos ou pessoas que admira e Madonna é uma delas pra mim. Não amo, mas admiro pra caramba essa mulher. Pra mim, Madonna mudou não só a música, mas também derrubou tabus, incluiu os gays, lutou (à sua maneira) pelo feminismo, mostrou que mulher pode gostar de sexo... enfim, que o que importa é se divertir e ser feliz. Não vou ficar aqui fazendo discurso anti-homofobia (esse ainda vai rolar em outro post).
E pensei em tudo isso ouvindo essa música que eu amoooo, que é Human Nature. Pra quem não conhece, o clip está aqui.

Human Nature - Madonna

Express yourself, don't repress yourself

And I'm not sorry [I'm not sorry]
It's human nature [it's human nature]
And I'm not sorry [I'm not sorry]
I'm not your bitch don't hang your shit on me [it's humannature]

You wouldn't let me say the words I longed to say
You didn't want to see life through my eyes
[Express yourself, don't repress yourself]
You tried to shove me back inside your narrow room
And silence me with bitterness and lies
[Express yourself, don't repress yourself]

Did I say something wrong?
Oops, I didn't know I couldn't talk about sex
[I musta been crazy]
Did I stay too long?
Oops, I didn't know I couldn't speak my mind
[What was I thinking]

You punished me for telling you my fantasies
I'm breakin' all the rules I didn't make
[Express yourself, don't repress yourself]
You took my words and made a trap for silly fools
You held me down and tried to make me break
[Express yourself, don't repress yourself]

"I´m absolute no regrets"

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Era uma vez.... rs!

>> 04 agosto, 2009

Não quero passar por repetitiva, mas vira-e-mexe o papo casamento aparece. Não é o meu, claro. Aliás, fiquei pensando como seria chegar aqui no blog e anunciar meu casamento... caraca, to ficando velha!
Mas o fato é que parece que estou entrando numa fase em que os amigos começam a falar disso e casamento parece que deixa de ser aquele bicho de sete cabeças pra ser O bicho de sete cabeças. Não o casamento como uma vida a dois, mas o que leva a isso: festa, igreja, bolo, vestido, móveis, geladeira, apartamento, condomínio, etc.
Eu confesso que tenho um certo pânico de casamento. Conheço poucos casais que sirvam como exemplo... sim, sei que só quem está lá sabe exatamente o que acontece a quatro paredes, mas tem casais que parecem extremamente acomodados à situação e não mudam nada mesmo que não estejam satisfeitos só para manter aquela sensação de segurança. E isso me assusta muito, sentir que me tornei uma pessoa acomodada com a situação...
Mas aí eu estava pensando em alguns casais que conheço e que parecem se dar bem, conseguem manter acesa a chama do amor (mais cafona impossível) e deixar ainda um clima de namoro mesmo depois de ano de casamento. E eu me pergunto: existe alma gêmea? Juro, já pensei nisso tantas vezes.... e nunca chego a uma conclusão.
Tem um casal especificamente que tem uma história bastante interessante e que sempre me deixa com aquele feeling de algo mágico no ar. Ela tinha acabado de terminar um noivado e estava chateada, decepcionada.... dirigindo distraída na Via Anchieta (pra quem não conhece, é o caminho que leva ao litoral de SP e tb à minha cidade para quem sai de SP), ela percebeu que um cara que estava no carro ao lado estava fazendo sinal para que ela parasse (há uns 25 anos isso não era tão perigoso, né?) e ela parou no acostamento. O cara logo de cara disse que tinha gostado dela, que queria conhecê-la, que tinha sentido que ela era “the one”. E os dois estão juntos até hoje e são muito fofos!

Tem uma outra história que eu acho muito bacana que é da minha bisa, meu maior exemplo de mulher. Ela, filha de libaneses, conheceu meu bisavô, filho de italianos. Me parece que naquela época a relação entre os dois povos não era das melhores e os pais dela proibiram o namoro – mesmo porque ela já estava prometida para um primo libanês. Os dois bateram o pé e mantiveram a relação, então os pais dela decidiram mandá-la passar um tempo na casa de uns tios no Paraná. Ela, bem contrariada, foi. Algum tempo depois, chegou o boato de que meu bisavô tinha se casado com outra e, aliviados, os pais dela autorizaram o retorno a São Paulo.
Logo depois de chegar ela acabou encontrando meu bisavô, que disse ter inventado toda a história exatamente para ela voltar.... apaixonados, os dois decidiram “fugir” por uns dias e, quando voltaram, os pais concordaram com o casamento. Foram uns 60 anos de relacionamento e eu nunca vi os dois brigarem... sempre teve aquele brilho no olhar, as mãos dadas, o carinho, o respeito, a liberdade (ela sempre trabalhou fora, foi uma mulher independente).

Será que to pedindo muito?

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