Surpresas...

>> 30 novembro, 2009

- Não sei.

Essa tem sido com freqüência a resposta de diversas perguntas que tenho feito para mim mesma nos últimos meses. Andam dizendo por aí que ultimamente surgiu a crise dos 20 anos, jovens que estudam, trabalham, namoram, mas param pra se perguntar o que realmente querem pois acabam sendo levados pela vida às condições atuais, ou seja, para atender principalmente às expectativas dos outros. Eu não duvido nada disso e acho que até mesmo sou uma das vítimas da crise dos 20, rs!
Durante muito tempo, eu me identifiquei muito com uma frase da Tangerine, personagem da Kate Winslet no filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças: “I'm just a fucked-up girl who's lookin' for my own peace of mind”. Hoje eu penso exatamente o contrário, a tal paz de espírito nos deixa tão tranqüilos que acabamos nos acomodando e é por isso que eu tenho me perguntado o que quero em muitos aspectos da minha vida. Não quero ter tudo planejado e saber exatamente como será minha vida em cinco anos, embora eu tenha um estilo meio Mônica Geller de fazer listas e tentar organizar tudo e todos. E embora a minha resposta seja “não sei” para perguntas do tipo: eu devo me casar logo? Eu devo mudar de área? Eu devo encarar um mestrado depois dessa pós? Quando eu devo sair de casa? Eu devo morar sozinha?, eu acho que tenho conseguido exigir menos de mim e isso é muito importante. Não quero me sentir angustiada por não ser como a maioria das pessoas por não sonhar em ser uma pessoa extremamente bem sucedida e com um salário bem alto se coisas menos valorizadas me dão extremo prazer e bem-estar. Também não devo me pressionar a fazer uma festa de arromba de casamento porque outras pessoas sonham com isso. Não devo me comparar a nada e nem ninguém, porque tenho meus próprios sonhos, desejos e medos e só eu sei como lidar com eles, embora eu ache que não saiba.
O fato é que se essa pós tem me proporcionado uma certa “sensação de liberdade” (e também bastante angústia), ela tem me deixado mais chata em relação a outras pessoas, que vivem se gabando de coisas que eu realmente não valorizo na minha vida. Sabe aquela coisa de falar quanto ganha, quanto pagou caro por uma coisa x, o quanto tem um futuro brilhante... it sucks. Ou sou eu que to ficando muito exigente?

Muita, muita correria! Minha irmã embarca essa sexta para seu ano muito especial na Holanda, tenho que entregar meu pré-projeto na quinta e na editora as coisas estão absolutamente insanas. Sexta me bateu uma tristeza estranha, mas sábado teve a festa de despedida da Lud e foi muito boa. Me fez um bem danado conversar com pessoas que eu amo, me entendem e compartilham algumas ideias comigo. Acho que a vodka e a cerveja ajudaram nessa “elevação espiritual” também, hahahah!

Beijos e boa semana!

- Deu pra entender alguma coisa desse texto ou eu fiquei só divagando em “voz alta”?
- Uma outra frase de Brilho Eterno foi bastante usada nesse finde: “i don't know! i don't know! i'm lost! i'm scared! i feel like i'm disappearing! my skin coming off! i'm getting old! nothing makes any sense to me! nothing makes any sense!”. Não é, Ludmila???

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E quem entende o coração de um torcedor?

>> 19 novembro, 2009


Taí um tema polêmico daqueles que não se pode nem se deve discutir. A paixão pelo futebol é uma coisa bastante complicada de explicar, se é que tem explicação. Infelizmente não pude perguntar pro meu pai se ele ficou decepcionado por não ter pelo menos um filho que pudesse levar ao estádio para torcer para o Palmeiras, seu time do coração. Como nasceram duas meninas, acho que nem passou pela cabeça dele nos ensinar a gostar de futebol... bobeou, porque meus primos me ensinaram isso direitinho, rs! E fazer uma criança começar a torcer pra um time é a coisa mais fácil desse mundo, especialmente quando o time em questão está em alta. Foi o que aconteceu comigo entre 92 e 93 (com apenas sete anos, coisa fofa!), quando o SP ganhou vários títulos, incluindo o Mundial. Todo mundo lembra dessa época gloriosa, com Cafu e Muller e o grande Telé Santana no comando. Lembro como se fosse hoje da sala da casa da minha tia lotada, aquela tensão e todo mundo pulando, gritando quando saía um gol. Logo depois pedi pra minha mãe comprar uma camisa do São Paulo pra mim, assim ficaria igual aos meus priminhos queridos.
A camisa eu ganhei logo, mas a visita ao estádio demorou anos. Minha mãe morria de medo de me deixar ir ao estádio, mesmo indo com os meninos. Na primeira vez que decidi ir com eles foi escondido. Resultado: deu merda! Quando mãe fala que não pode porque é perigoso, ouça o que ela diz, rs! Fomos na final da Copa Juniores, São Paulo x Roma lá no Pacaembu. Um jogo que era pra ser super tranqüilo acabou em pancadaria porque divulgaram que a entrada era gratuita e aí foram zilhões de pessoas, que chegaram lá e tiveram que pagar uns R$ 5 pra entrar. O povo ficou nervoso, saiu briga, tivemos que correr da polícia, da torcida, os caras atirando balas de borracha, a cavalaria passando e eu morrendo de medo, mas achando tudo uma super aventura. Nesse dia meus primos com ctza sentiram mais medo que eu, porque se acontecesse alguma coisa comigo, eles tavam lascados.
Anos mais tarde fui ao estádio com autorização e aí deu tudo certo. Aliás, mais do que certo. Final da Libertadores de 2005 e o São Paulo venceu o Atlético-PR em um jogo muito emocionante (começou com um pênalti defendido pelo Rogério Ceni e eu vendo tudo ali, pertinho do gol, quase chorando....ahahaha).
Depois disso fui ao estádio mais algumas vezes. Em uma delas, uma quarta à noite, saí do trabalho, peguei carona com meus primos e meu tio e.... o carro quebrou no meio da Berrini interditada. A cidade tava parada, então largamos o carro lá e fomos andando (depois correndo) até o estádio... imagine a sedentária em pessoa correr uns cinco quilômetros!! Achei que não chegaria viva pra ver o jogo, rs!
Não vou sempre porque o dia que você vai pro estádio é praticamente perdido: tem que chegar bem mais cedo, pegar trânsito, demora pra estacionar, anda até a entrada, pega fila pra entrar, espera dentro do estádio o jogo começar, assiste o jogo, espera a muvuca passar pra sair, depois anda até chegar no carro num ritmo tartaruga, depois encara trânsito pra ir embora. E, apesar de tudo isso, ainda vale a pena. Entende como não dá pra explicar como funciona o coração de um torcedor?
Mas confesso que esse ano não me animei muito. O São Paulo não jogou tão bem no começo do campeonato, teve a saída do Muricy e além disso o Campeonato foi marcado por umas coisas estranhas, arbitragens polêmicas, brigas internas (não só no São Paulo). Mas o Tricolor se recuperou e está mais perto do que nunca do título. Mesmo assim, evito cantar vitória antes do tempo pra evitar o azar...
E hoje, que eu vou ter que encarar o mau humor do meu babe depois que o Palmeiras ficou mais longe do título, eu nem to ligando muito. É muito bom ter alguém que entende essa insanidade que é sofrer por causa do time do coração!

Eu e priminho Kadu no Morumbi na histórica vitória da Libertadores 2005


Visita ao Morumbi 2008

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Too much information!

>> 17 novembro, 2009

Antes de fazer esse post, fui reler o que escrevi nessa mesma época no ano passado e surpreendentemente foi bem parecido com o que estava planejando escrever agora. Não sei se é o fim do ano, mas o cansaço vem tomando conta de mim de uma maneira absurda. Preciso preparar revisões e provas do espanhol, preciso escrever em 10 dias meu pré-projeto da pós, preciso fazer várias matérias aqui na editora, além de revisar outras tantas. E essa sensação de esta “sufocada” só me atrapalha, mexe com o meu humor e aí é inevitável chorar sem motivo, me sentir angustiada e depois culpada por não aproveitar os finais de semana como poderia.
Alguns problemas não inesperados surgiram no caminho, mas to fazendo de tudo pra manter o pensamento positivo e seguir em frente. Algumas coisas podem mudar nesse finalzinho de ano e eu realmente espero que sejam mudanças positivas, tanto no trabalho, como em casa e também no namoro.

Pra descontrair um pouco dessa correria, tenho passado mto tempo com meu babe passeando, vendo filmes, jantando, conversando. Como é que o assunto nunca acaba, né? Aliás, dois filmes que suuuuper recomendo: Bastardos Inglórios, que nem precisava eu dizer nada pq todo mundo já falou bem, mas por incrível que pareça ainda conseguiu me surpreender; 500 dias com ela, fofo, lindo, ótima trilha, atores muito bacanas; não se preocupem porque não é mais um filme de amor.

Sexta-feira é feriado, ebaaaa! E vamos que vamos que o Natal ta quase aí!

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... o Rio de Janeiro continua lindo....

>> 06 novembro, 2009

Depois de passar um feriado muito desencanado no Rio de Janeiro, percebi que nunca coloco por aqui dicas de viagem e é algo que sempre interessa quem está indo para o mesmo destino. Não só dicas do que ver, fazer, onde comer, mas também como chegar lá, como não gastar muito (parte muuuito importante), entre outras informações.
Pra mim, o planejamento da viagem é parte muuuuito importante dela. Eu sou extremamente metódica em relação a isso. Aliás, eu sou bem metódica pra bastante coisa e é por isso que meu babe e minha irmã me chamam de Mônica Geller, rs! No caso dessa última viagem não tive tempo pra planejar praticamente nada, mas... vamos aos fatos:

- Você já foi ao RJ? Dá até vergonha ser paulista e nunca ter colocado os pés numa cidade que o mundo inteiro vem visitar e fica relativamente próxima a Sampa. O Rio vale a pena não só se você curte praia, mas se você também gosta de cultura e história e é exatamente aí que entra a primeira pergunta do planejamento: quais são seus objetivos e quantos dias você tem? É possível passar uma semana lá e ainda ter coisa pra ver, então é importante ter seu foco em mente, que, no nosso caso, incluía visitar praias e alguns pontos turísticos bem básicos, além de passear pelo Centro.

- Hotel. Obviamente há centenas de opções para todos os bolsos. Como sempre optamos pela categoria super econômica, decidimos que ficaríamos num albergue e que teria que ser bem localizado pra não gastarmos mto com transporte. O albergue foi bem fácil e já fomos direto porque eu já tinha lido sobre ele numa matéria da Folha de S. Paulo. Preço bem acessível (R$ 40 por noite), café da manhã bom (se considerarmos que era um albergue, ok!), banheiro dentro do quarto e um quarto feminino com seis camas.
O quarto acho que foi a pior parte, porque estava com um cheirinho meio desagradável quando chegamos, mas deixamos as janelas abertas e melhorou. Ponto muito negativo: sem ventilador e um ar-condicionado que aparentemente não funcionava... ainda bem que o calor foi tranqüilo à noite. Outro ponto negativo é que o hotel tem quatro andares e não tem elevador, ou seja, mochileiros com malas pesadas de rodinha sofrem um pouco com isso.
Ponto positivo: basicamente um público jovem e muitos gringos do mundo todo. Além disso, o último andar do hotel tem um bar e uma micro-piscininha, então todo mundo que ta hospedado acaba indo lá pra cima antes de ir pra balada e aí você pode fazer muitos amigos e praticar o inglês. O hotel está a cinco minutos da praia, muitos ônibus passam naquela rua ou na paralela e o metrô está a 10 minutos.
Hotel – Stone of a Beach http://www.stoneofabeach.com.br/

- Chegando lá. Vôos para o Rio são relativamente baratos (saindo de SP), mas decidimos ir de ônibus porque a viagem não é tão longa, é mais barato que de avião e não tinha mais boas opções de horário de vôo. Saímos do ABC, mas para quem sai de SP parece que tem ônibus a cada meia hora!!! Na ida, encaramos um pouco de trânsito (viajamos pela manhã); mas a volta foi super tranqüila: saímos 23h30 na segunda e cheguei em casa 5h30. O ônibus é bem confortável, dá pra dormir numa boa a viagem toda. As passagens custaram cerca de R$ 65 cada trecho.
Atenção! Não pegue táxi na rodoviária porque eles cobram um preço fechado de acordo com o bairro que você vai e obviamente é um valor bem mais alto do que seria cobrado com o taxímetro rodando. Andar de ônibus pelo Rio é bastante fácil e da rodoviária tem ônibus que levam a estações de metrô.

- Praia. Ficamos mesmo em Copacabana, ali perto do hotel e, apesar de ser feriado e ter tido Parada Gay, a praia estava tranqüila. Não vou dizer que é melhor ou pior porque nesse caso não tenho nenhum parâmetro de comparação.


- Pão de Açúcar. Super fácil de chegar de ônibus e estava perto do nosso hotel (menos de 10 minutos com o busão). Gastamos uma meia hora na fila pra comprar ingressos (que custam R$ 44), mas valeu a pena. A vista é super bacana, dá pra ver o Cristo pequenininho, tem uns macaquinhos andando por ali, mas é basicamente isso. Se não decepcionou, não surpreendeu. Para quem é fã de esportes e natureza, há a opção de subir praticando o montanhismo. Para essas pessoas, uma salva de palmas porque o negócio é alto pra cacete. Lá em cima (nas duas paradas) tem umas lanchonetes e lojinhas de lembrancinhas... tudo bem carinho.
Mais informações no site: http://www.bondinho.com.br/




- Cristo Redentor.
Pode ser sincera? Pelo trabalho que deu, não valeu muito a pena. Acho que todo mundo tem que subir uma vez pra pelo menos saber como é, mas eu não subiria de novo. Pegamos uma fila gigante pra comprar os ingressos, que custam R$ 36 por pessoa. (pequeno parênteses aqui: fomos com nossas amigas de quarto, uma holandesa e uma alemã. Ao ver a fila, elas viram e falam pra gente: por que é que a gente não “suborna” umas pessoas que estão lá na frente pra elas comprarem ingresso pra gente?” E depois ainda tenho que aturar essa de jeitinho brasileiro...ahahah). Depois de mais ou menos uma hora na fila pra comprar, esperamos mais uma hora pra embarcar no trenzinho e mais 20 minutos pra chegar lá em cima. A vista é realmente muito linda, dá pra ver o Maracanã, a baía de Guanabara, as praias... mas é aquela coisa, tem um zilhão de pessoas querendo tirar foto de braços abertos e, depois de cinco minutos apreciando a vista e fotografando, você quer descer. E aí começa outra maratona: esperamos mais uns 40 minutos pra pegar o trenzinho de novo. Resumindo: pra ver o Cristo, você gasta uma manhã ou uma tarde todinha. Talvez fora de temporada e durante a semana seja mais tranqüilo, mas me deu um aperto no coração gastar minha tarde assim qd poderia estar tomando uma cervejinha na praia.
Mais info: http://www.corcovado.com.br/index_por.html


- Noite. Todo mundo vai pra Lapa e quando eu digo todo mundo, eu quero dizer todo mundo meeeesmo. É o bairro boêmio (dá pra chegar de metrô, super tranqüilo). Me parece que lá rolam muitas baladinhas de samba, mas fomos só num botequinho tomar nossa cerveja e foi bem agradável. Voltamos de táxi, super sossegado também.

- Centro. Bom, eu não tenho culpa se sou super chata e adoro umas coisas históricas, né? O centro é super acessível de metrô e ônibus e eu realmente acho que vale o passeio. Entramos no Museu de Belas Artes (muito legal mesmo!) (http://www.mnba.gov.br/abertura/abertura.htm) e caminhamos por ali. O Teatro Municipal (http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/) é divino (me apaixonei) e parece que rolam visitas, mas não aos domingos, que foi o dia que fomos. Além disso tem a super tradicional Confeitaria Colombo (http://www.confeitariacolombo.com.br/) , que infelizmente também estava fechada. Como estava chovendo e era um domingo, a região estava meio vazia demais e fiquei um pouco preocupada, mas deu tudo certo.


- E se chover? Dizem que paulista adora shopping, mas não temos culpa que a cidade não tem praia, né? Por ta também tem boas opções de shopping, fomos no do Leblon e íamos até pegar um cineminha, mas não rolou. Assim como por aqui temos as megastores Saraiva, lá eles têm a Livraria da Travessa que é muuuuito mais charmosa. http://www.travessa.com.br/wpgNossasLojas.aspx

Ufa, acho que é isso.... no mais, o Rio de Janeiro continua mesmo lindo! =)

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