Minha vida é um filme de....

>> 26 janeiro, 2010

Eu poderia dizer que minha vida é uma novela (mexicana), mas não assisto mais novela com freqüência há anos, apesar da mulherada de casa ser toda noveleira. Além disso, novela é tudo branco no preto, sabe? Os personagens – significantes – se dividem em mocinhas (sonsas insuportáveis) e vilãs (inescrupulosas) e definitivamente eu não me encaixo em nenhum dos dois perfis. Pensando bem, acho que é por isso que eu gostava dos personagens fora de padrão, tipo a Alessandra Negrini naquele papel meio louca numa novela que não me lembro o nome. Gente, isso foi nos anos 90, aliás, começo dos anos 90... procurei e não achei... alguém lembra disso, qual novela era?
Fica então definido que minha vida daria um filme. E dos bons! Adoraria se tivesse um diretor tipo Almodóvar e eu fosse uma de suas musas, mas eu não me pareço muito com esses personagens super intensos (latinos forever!). Acho que eu seria mesmo uma personagem de Woody Allen, sabe? Um bla-bla-bla danado, mas no fundo os personagens são meio recalcados e tudo termina mais ou menos como começou.
O fato é que o roteiro seria escrito por Freud, afinal minha vida é de um clichê sem igual. E quer coisa mais clichê que complexo de Édipo?
Mas, se fosse dividir por fases, seria mais ou menos assim:

Infância – O Rei Leão. É óbvio que não tinha outro filme que se encaixasse tão bem quanto esse. “So whenever you feel alone, just remember that those kings will always be there to guide you. And so will I”.

Pré-adolescência – O Casamento do Meu Melhor Amigo. Quando você descobre que seu melhor amigo é gay e que ninguém te ama (e nessa fase vc acha que isso nunca vai acontecer), bem... tudo que se pode esperar é chorar no ombro do amigo gay quando a pessoa que você gosta se casa. “The moment I wake up, before I put on my make-up, I say a little pray for you”...hahahah! BTW, reparei ontem o quanto cerimônias de casamento (alheias, é óbvio) mudaram minha vida...

Adolescência – Putz, taí uma coisa difícil, porque minha adolescência foi tão cheia de fases e acontecimentos. O filme Indochina é um dos que refletem o começo dela, assim como O Leitor. Depois teve uma fase Closer misturada com Ata-me e 500 Days of Summer e depois Curtindo a Vida Adoidado, rs!

Aos 19 – Eurotrip!

Aos 21 – Quando conheci o Daniel, acho que foi total uma fase Brilho Eterno, tão parecidos que éramos com Tangerine e Joey, mas sem o break-up.

Aos 24 – Taí, não sei um filme que defina o momento... The Savages reflete bem o clima de casa, mas todo o resto eu não sei... quem tiver sugestões, é só mandar!

E se a minha vida fosse uma música ao invés de um filme, ela definitivamente seria “Quem de Nós dois”. Definitivamente.

* Post pra minha sis, minha maior companheira de filmes, séries e novelas (lembra daquela com a música do Belo????hahahahahha)


"With each word your tenderness grows
Tearing my fears apart
And that laugh that wrinkles your nose
Touches my foolish heart"
Snif, snif...

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you love the smiths?

>> 20 janeiro, 2010



Às vezes eu tenho um “sexto sentido” pra cinema. Claro que as críticas de jornal ajudam muito, mas muitas vezes basta ver um cartaz e, pronto, já to super a fim de ver. Foi assim com o filme O Leitor ( falei sobre isso nesse post). Foi assim também com a série Six Feet Under, quando li no jornal que o SBT ia começar a passar essa série (dublada, argh!) e eu pensei: preciso ver! Vi uns dois capítulos e comprei o box da primeira temporada e amei. Foi assim com o filme The Savages, com o filme Sinédoque, New York, com Closer (é claaaaaro!), e foi assim com 500 days of Summer e é sobre esse último que eu vou falar.
Quando li uma resenha super pequeninha sobre o filme, achei super bobo. Aí encontrei uma outra crítica e li logo no começo que tinha Smiths na trilha sonora. Não precisou de mais nada: fui correndo pedir pro Daniel baixar e vimos logo em seguida e eu amei, não só a história, os atores (apaixonada por ele e por ela!), mas a fotografia e principalmente a trilha sonora, é claro! Mas sabe quando você quer rever e reparar em cada fala, em cada olhar, detalhe, principalmente porque o filme não segue uma ordem cronológica. O resultado é que já vi o filme umas quatro vezes e não paro de ouvir a trilha, to viciada.
Pensei em escrever tudo isso pq esses dias vi em algum lugar alguém falando que não vê um filme mais que uma vez. Comoassim??? Eu posso ver um filme que gosto váááarias vezes sem enjoar. Claro que isso acontece porque de alguma maneira me identifico, o filme mexe comigo, algumas de maneira inconsciente e outras bem consciente.
E 500 days of Summer se encaixa na categoria consciente da coisa, porque em algum momento da minha vida eu já fui bastante parecida com o Thom, partindo de um amor platônico totalmente idealizado (bom, assim são todos os amores platônicos, não?), depois fantasiando uma relação que não existia, uma pessoa que não existia e – acho hoje – um amor que na verdade não existia. Na verdade, como disse a professora de literatura do primeiro colegial, os jovens amam essa sensação de amar uma pessoa e eu acho que era bem isso.
Já faz tanto tempo, mas é inesquecível pensar nisso tudo quando vejo um filme assim. E acho que só agora eu consigo pensar nisso tudo sem mágoa ou rancor e até esboçar um sorrisinho do tipo “isso ia acontecer em algum momento da vida, ainda bem que aconteceu na adolescência quando tinha a desculpa da irresponsabilidade da idade pra acontecer”, rs. E se não foi exatamente como eu sonhei, pelo menos deixou uma liçãozinha básica: nunca amar ninguém mais do que a mim mesma. E quando a coisa desanda, eu penso....
O Summer vai passar, assim como a primavera, o inverno, o outono... “

(E que nenhuma Summer quebre o coração de nenhum Thom amigo meu! Hunf!)

Uma das melhores cenas (pena que cortou o finalzinho):

(Summer) - I love The Smiths
(Thom) - Sorry?
(S) -I said I love The Smiths… “to die by your side is such a heavenly way to die”… I love them.

(Thom) - Holy shit!

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2010 já começou...

>> 13 janeiro, 2010

Primeiro dia de trabalho, todo mundo chega no escritório (exceto eu, macaca velha por aqui. Não que os outros não sejam, mas.....):

- Ah, esse ano não vou me estressar, não vou brigar com ninguém, causar confusão, levar tudo tão a sério.

Hoje, oitavo dia útil do ano, já ta todo mundo de bico, já rolaram “discussões” e todo mundo já ta rezando pro ano acabar rapidinho.

Nessas horas eu dou um sorrisinho irônico por dentro e penso: ahá, pegadinhaaaaaaa!!!!

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Antissocial

>> 07 janeiro, 2010

(agora é assim, sem hífen e com dois esses... feinho, né?)
Cena motivadora do post – aula da pós há uns dois meses

Professor falando de relacionamentos e amizades:
- Alguém aí ainda tem amigos de infância, de escola – primário, ginásio?
Eu (mentalmente) respondo sim, sim e (mentalmente) levanto o dedinho pra indicar que sim, cheia de orgulho.

Professor:
- E eles continuam sendo seus melhores amigos?
Eu (mentalmente) respondo sim, sim e (mentalmente) levanto o dedinho pra indicar que sim, cheia de orgulho. (2)

Professor:
- E, mesmo conhecendo outras pessoas, você continua achando que eles são os melhores, se identifica e não acha que os amigos que vieram depois são tão legais quanto eles?
Eu (mentalmente) respondo sim, sim e (mentalmente) levanto o dedinho pra indicar que sim, cheia de orgulho. (3)

Professor:
Se você acha que sim, você tem problemas. Quando você é criança praticamente qualquer um pode ser seu amigo e você tem tanto medo de se envolver e conhecer outras pessoas que não fez novos amigos desde então. Você provavelmente tem dificuldades de se relacionar com as pessoas e blábláblá....

Nesse momento eu agradeço aos céus por só ter respondido mentalmente e, com isso, não passar pelo maior mico da minha vida e ficar marcada na pós como uma pessoa com dificuldade de se relacionar.
O fato é que eu realmente tenho. Acho que até que já falei sobre isso num outro post, mas realmente eu venho percebendo que daquela menininha super faladeira, sociável e simpática, eu não guardei muita coisa. Não consigo fazer novos amigos, acho as pessoas chatas, boring e, no fundo, acho que isso é só medo de me magoar, sabe? Porque pra mim amizade é um investimento bastante alto, quem me conhece de verdade sabe o que sou capaz de fazer pelos meus amigos, só que aí acabo exigindo muito deles também e me magoando se eles não correspondem. Claro que depois a gente vai deixando isso pra trás, mas aí rola esse bloqueio na hora de fazer novos amigos. Maior prova disso é que o último grande amigo que fiz está na esfera virtual...hahahaha!
Sei que amigos são poucos, tenho meus poucos e bons, mas acho que preciso mesmo me soltar mais... na pós, já tem gente que sai pra beber cerveja e eu ainda nem decorei o nome da maioria das pessoas, só troco algumas palavras, sabe? No trabalho também, já que as pessoas que eu adorava e me dava super bem saíram daqui....
... acho que to com saudade da minha irmã, que entende essas asneiras que passam de vez quando na minha cabeça. Mas só eu que sou assim??? Tio Freud, help me!

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2010 em dez passos!

>> 04 janeiro, 2010

Em 2010, eu vou:

(1) ... fazer uma festa surpresa pra minha bisa que completa 90 anos em fevereiro e presenteá-la com um scrapbook com algumas das fotos mais especiais (ainda bem que ela ainda não aderiu à câmera digital, rs!).

(2) ...ao casamento de uma das minhas melhores amigas, a primeira tão próxima que se casa.

(3) ... ver meu primo Paulo Marcos, que prometeu vir ao Brasil em julho! =D

(4) ... visitar minha irmã na Holanda (um mês longe já!) e aproveitar pra viajar um pouquinho pela zoropa. Naquele estilo de sempre, né? Albergue, Mc Donald's, cheap flights e tudo mais..rs!

(5) ... gastar menos com besteiras e juntar dinheiro, afinal já tá na hora de eu começar a planejar o futuro a longo prazo.

(6) ... cuidar mais da minha saúde e alimentação, emagrecer, mas principalmente cuidar mais de mim.

(7) ... terminar a pós e, com muita fé e trabalho, terminar também minha monografia - que pode ser entregue em 2011 se não der tempo. E isso significa ler muito, incluindo minha coleção de livros do Freud que ganhei de Natal do meu babes(óbvio que não todinha, né????).

(8) ... tentar ser menos rancorosa, me cobrar menos e levar menos as coisas à sério. E também ser mais otimista... o mantra será: "O copo está metade cheio. Trate de esvaziá-lo logo".

(9)... ir mais ao cinema e tentar ver os shows que prometem acontecer nesse ano.

(10)... me dedicar mais às pessoas que eu amo, meu babes, minha família, meus amigos; e curtir mais a vida, viajar mais, dormir mais, passear mais, amar mais... tudo mais e mais!

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