Sobre sorte, dinheiro e afins

>> 28 maio, 2010

Nunca fui do tipo de achar que tem sorte, tampouco azar. Mas as coisas começaram a mudar pra mim em 2007, um ano cheio de coisas novas e atribuladas. Fui efetivada na editora, comecei a trabalhar o dia inteiro, terminei um namoro, comecei outro, decidi ir pros Estados Unidos, não me adaptei, decidi voltar.

Mas, além de tudo isso, tive sorte. Como fazemos uma revista onde havia sempre uma matéria de turismo, o editor recebeu um convite pra uma viagem pro Chile. Ele quase nunca viaja e decidiu fazer um sorteio. Tcharam! Fui sorteada, fiquei feliz da vida e fui esquiar, curtir um frio delicioso, comer foundue, aproveitar.

Quase dois meses houve um convite para uma viagem pra Bahia. Normalmente viagens nacionais não são sorteadas, mas essa acabou sendo porque tinha direito a acompanhante. Novo sorteio e eu levei de novo! Nem o olhar da Miss Invejinha me abalou. Eu e o Daniel passamos dois duas super engraçados e de mto trabalho e correria numa Ilha de Comandatuba nublada. Mas valeu muito a pena.

Saí da editora e acabei voltando no ano seguinte, exatamente no momento em que Miss Invejinha decidiu jogar sujo pra poder viajar. Recebeu um convite diretamente (ao invés de ser encaminhado pro editor, como acontece normalmente) e não falou nada pra ninguém (só pra ele, que decidiu não contrariá-la). Só disse uns dois dias antes de ir que faria um cruzeiro de luxo pela Patagônia. Ficamos todos putos da vida, mas sabe aquela coisa de “a vida dá voltas”? Dá mesmo! Nesse mesmo ano, outra viagem, dessa vez Buenos Aires e adivinha: ganhei o sorteio!

Aí, ano passado recebi um convite pessoal (da minha amiga Biquis) pra ir a Punta Del Leste. Reclamei com o chefe que dessa vez era pessoal, assim como tinha sido o dela, e portanto eu tinha o direito de ir. Pra evitar confusão, ele concordou. E lá fui eu! (aliás, hj faz um ano)

Mais no final do ano, outro sorteio e eu novamente levei! Não tinha lugar melhor pra comemorar do que Munique no meio de uma Oktoberfest.

Ontem fui a um evento da FGV sobre Gestão de Pessoas e um dos palestrantes decidiu sortear cinco pessoas para ganharem algo como um mapeamento dos talentos e aptidões profissionais. Adivinha o primeiro nome que ele chamou? O meu!! Hahaha!
Prêmios de milhões ainda não vieram, mas boto fé que um dia eu ganho.

Grana

Ainda sobre a FGV, estou entrando e ganho uma Folha de S.Paulo. Não só eu, como todos os alunos e pessoas que entravam no prédio. Porra, os caras têm dinheiro pra caramba e ganham o jornal?!?! Engraçado esse mundo, quem tem grana pra comprar tá sempre ganhando as coisas porque é formador de opinião... não gosto dessa lógica, não... não faz sentido!

Afins
Moral do dia: quando eu sou boazinha, eu sou boa; mas quando sou má, sou melhor ainda!
Babe, te amo! Hahahaha!

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duuude!!!

>> 25 maio, 2010

E aí que Lost acabou...
(para quem não viu, não se preocupe que não tem spoilers)

Eu sabia que Lost ia acabar um dia, sabia que seria nesse ano e eu até desejei que ele acabasse mesmo pra saber logo o que era aquele monte de mistérios e se alguma coisa positiva ia acontecer depois de tanta desgraça. Mas agora que acabou, bateu uma tristezinha. Porque Lost entrou totalmente na rotina da minha vida.

Apesar de o Daniel estar meio puto com JJAbrahms pelo final, ele sabe que temos uma dívida imensa com o cara. Afinal, foi por causa de Lost que começamos a conversar e esse era sempre O tema pra puxar assunto... todo dia um dos dois chegava e comentava algo de Lost... “ah, você viu o episódio tal?O q vc achou?”. (essa história você relembra aqui!)

Depois que a gente começou a namorar, LOST se tornou programa obrigatório das quartas à noite. E a gente sempre terminava um olhando pra cara do outro com aquela expressão “cacete, o que vai acontecer agora??? Chega logo, quarta-feira!!!”.
E bem o último capítulo não conseguimos ver juntos pq tive que trabalhar até bem mais tarde e, como estávamos os dois morrendo de ansiedade, dei autorização para que ele visse sozinho (hohoho!). Terminei de ver o capítulo às duas manhã sem ter com quem comentar nem ter pra quem olhar com cara de “o que vai acontecer agora?” porque eu tava sozinha. E porque esse “agora (próximo episódio)” não existe mais...

Muita gente vai se decepcionar com o final, alguns vão gostar, outros vão reclamar que perguntas ficaram sem respostas. Mais eu duvido que alguém que tenha acompanhado a série não se emocione em um ou outro momento. Eu, que não sou parâmetro, me emocionei em vários. E gostei muito do final.

Se bateu aquela sensação de vazio (o que eu vou fazer agora td quarta à noite? Nunca mais ver o Sawyer gostosão), também deu um certo alívio... tenho todas as quartas livres a partir de agora. Que tal um cervejinha amanhã? =)
Bjs

- Leiam esse post-poema do Calenza sobre o fim de Lost... amei!

- Mas nada supera o final da Six Feet Uner, a melhor série da minha vida. Eu e a Lud ficamos deformadas de tanto chorar e eu ainda choro td vez que assisto...hahaha!

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yoga feelings

>> 24 maio, 2010

Segunda-feira passada, segunda aula de yoga. O professor, com voz serena e aquela música relaxante ao fundo, se estica todo, respira fundo, fala da importância da harmonia do corpo, da concentração, da respiração pelas narinas. Como sou a única principiante, abro os olhos entre um movimento e outro pra saber se estou fazendo certo ou se de repente todo mundo já acabou e está olhando pra mim com cara de “o que essa menina está fazendo?!?”. Quando o professor (ou mestre, instrutor – ainda não sei do que chamá-lo) ensina um novo movimento, tudo parece extremamente natural e é tão bonito que arrisco dizer que existe algo de sagrado ali.

Descubro que o professor é casado com a professora com quem falei sobre a matrícula e que abre a porta para mim quando chego atrasada, ofegante e todos já estão naquele clima de elevação espiritual. Com essa informação em mente, passo do sagrado ao profano.

Não me sai da cabeça a ideia de que eles praticam sexo tântrico o dia todo. Fecho os olhos, me concentro, respiro fundo pelas narinas, relaxo, me dedico. Um dia eu também vou chegar lá...

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Planejando uma eurotrip!

>> 18 maio, 2010

Promessa é dívida e por isso meu cartão de crédito está amargando um belo prejuízo. Quando minha sis foi pra Holanda, eu prometi a ela ainda no aeroporto que iria visitá-la nesse ano. Juro que houve momentos em que pensei em desistir porque não queria me amarrar mais um tempo aqui na editora (isso significa que estou interessada em mudar de emprego. Portanto, caso seu pai seja dono de um jornal, revista, agência de comunicação, empresa que precisa de um veículo de comunicação interno, me avise!) ou então porque achei que era hora de juntar um dinheirinho, mas me digam se tive coragem de descumprir a promessa... claro que não!

Claro que seria uma maravilha ir até a “casa da minha irmã” e estender por uns dias em Amsterdam. Mas aí seria simples demais para nós, mochileiras das galácteas. Então decidimos complicar, incluir outros lugares no roteiro e chamar um terceiro integrante. Isso significa que serão cinco países em 17 dias reunindo três pessoas que atualmente moram em três países diferentes. Tarefa simples, né?

Começamos pelas cidades: Amsterdam, óbvio. Bruxelas porque é coladinho. Berlim porque já queríamos ter ido da outra vez, mas acabamos por algum motivo escolhendo Paris – o que rendeu muito arrependimento a todos. Praga é um dos meus sonhos de consumo porque todo mundo que vai pra lá, volta apaixonado, diz que é a cidade mais linda ever. E, pra fechar, Budapeste. Detalhe: eu tinha certeza que no filme Antes do Amanhecer eles tinham se encontrado em Praga, mas na verdade era Viena. Acabei de descobrir isso e to puta comigo mesmo. Por que é que não procurei antes, hein?

Bom, depois de decididas as cidades, fomos às datas e não tivemos mta opção já que minha irmã, como au pair, só tem duas semanas de férias e essas semanas já tinham sido definidas pela família. Aí tivemos que encaixar a agenda do meu primo e... só então começa o real trabalho!!!

Comecei a pesquisar passagens aéreas de uma parte a outra. Pensamos em comprar aquelas passagens de trem, mas Praga não fazia parte dos passes e acabaria não compensado. Então, fomos aos aéreos. Para isso, usamos basicamente três sites:
- www.rumbo.es um site espanhol que reúne várias companhias de toda a Europa. È como o nosso decolar, mas com mto mais opções. A única desvantagem é que quando o voo é de uma cheap flight company, ele não mostra o nome dela, apenas quando você confirma a passagem. Assim você não tem a opção de ir direto no site da companhia pra checar se era mais barata.
- www.easyjet.com (cheap flight company). È possível achar verdadeiras pechinchas nesse site, é super fácil de navegar e tem voos em mtas cidades europeias.
- www. ryanair.com também tem ótimas promoções e saídas de diversas cidades.
Nesse post aqui do blog Drieverywhere, ela lista mtos outras cias, inclusive por país/região.

A desvantagem dessas companhias é, entre outras coisas, que elas não servem absolutamente nada a bordo e uma água custa 4 euros; além dos bancos serem super apertados e normalmente os voos saem lotados. Além disso, vc paga por cada mala que despacha (em média são 10 euros), portanto é bom viajar com pouca coisa. A Ryanair foi multada em 3 milhões de euros por não prestar auxílio aos clientes afetados pelo furacão...ou seja, largaram o povo sem comida, hotel, sem nada... mas viajamos de Easyjet em 2008 e não tivemos problemas. Apenas alguns atrasos básicos, mas que estavam rolando por conta do período (entre Natal/Ano Novo).

Resumindo: pra economizar, é preciso ter muito saco e pesquisar muito. Mas vale a pena. Tanto é que conseguimos uma passagem Amsterdam-Berlim por 90 euros pra duas pessoas mais uma mala despachada! =) O único trajeto que não achei com bom preço de jeito nenhum foi Budapeste-Praga, o que é uma sacanagem se considerarmos que as cidades são próximas. Então o jeito foi apelar ao trem. Ainda não compramos, mas compraremos pela Rail Europe. A desvantagem é que são seis horas pra chegar, mas acho que vai ser bacana, dá pra desacelerar um pouco. Alguém indica outro site?

Então o roteiro ficou assim: Amsterdam - Berlim Budapeste – Praga – Amsterdam – Bruxelas. Usaremos Easyjet, Avianca, trem e Easyjet nos voos.

Para comprar minha passagem SP-Amsterdam, chequei também vários sites e uma agência de turismo e acabei optando pela KLM, que estava com um preço bom e o voo é direto, bem menos cansativo. Comprei direto pelo site da KLM, super simples (te dá as opções de voos mais baratos nos dias anteriores e posteriores. Adiei minha volta em um dia e economizei uns R$ 150) e dá pra pagar parcelado no cartão sem pagar juros. O atendimento por telefone deles também é ótimo.

Ufa! É isso... volto depois pra falar dos albergues e couch surfing. Para quem nunca viu (se mata! brincadeira...), segue um trailer de Antes do Amanhecer

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Que tipo de turista você é?

>> 12 maio, 2010

1- Quando pensa em viajar, como você escolhe o destino?
a) consulta os companheiros de viagem (pais, amigos, namorado/a, irmão, etc.)
b) busca revistas de turismo/ vê o que está na moda
c) Há outros destinos que não sejam NYC? (pessoas que vão sempre à mesma parte)
d) Verifica os lugares possíveis ao bolso e indicados na épica do ano em que vai viajar

2- Quando decide o destino, você:
a) vai até a agência que você sempre consulta e compra um pacote
b) pesquisa em diversas agências para ver o pacote mais barato/ interessante
c) compra coisas básicas na agência, como passagem e hospedagem, mas não fecha um pacote com atividades marcadas pra seguir seu próprio ritmo
d) faz tudo por conta própria: hospedagem, passagem (transfers), passeios, moeda, etc.

3- Numa viagem, você dá preferência:
a) ao conforto, sempre. Afinal, é férias, nada de se cansar
b) à economia. Nada de gastar muito. Você dá preferência a albergues, come em restaurantes baratos (mc donald’s e afins), usa transporte público
c) a conhecer a cidade/região. E isso significa andar muito à pé (até fazer bolhas), acordar cedo, dormir pouco, etc.
d) às baladas. Afinal, que jeito melhor de conhecer gente (jovem e reunida!) e uma cultura se não ir a um bar ou balada? Mesmo que isso implique dormir até mais tarde e acabar perdendo um pouco da cidade.

4- Você gosta de:
a) campo, consegue ficar dias no interior descansando, nadando na piscina, lendo, ouvindo música namorando
b) praia, torrar no sol, tomar cerveja e açaí, curtir o mar e aproveitar a vida noturna cheia de gatchenhos/gatchenhas bronzeados e em forma
c) cidades históricas/cidades grandes cheias de museus, cinemas, restaurantes. Você não suporta ficar longe da civilização
d) aventura. Escalar, mergulhar, correr.... seu negócio é esportes radicais.

Tudo isso pra dizer que viajar não é sinônimo de nada específico, já que pra cada um significa uma coisa diferente. Pra mim, férias é sinônimo de conhecer lugares novos. Adoraria que fosse também de descanso e eu pudesse unir as duas coisas, mas já tenho que escolher, opto pela primeira opção.
Nada contra repetir os destinos, mas eu gosto mesmo de ir pra cidades diferentes. Os que a gente gosta é bem natural querer voltar e acho que se tivesse que escolher voltaria sempre à Madrid e Londres. Mas isso porque essas cidades têm muito a ver comigo, com a minha própria experiência. Madrid foi a primeira cidade de outro país onde estive (na verdade, foi Santander, que é linda, mas é uma cidade litorânea e fui em pleno inverno, então não havia mto pra fazer lá) e eu me apaixonei de cara. Passei uma semana no apê de uma senhora e seu filho na casa dos 30 que foram superfofos e conheci um “chico de un pueblo” que me levou pra conhecer a cidade. Madrid é uma cidade linda, que vibra, à noite ela se torna ainda mais maravilhosa e eu poderia morar lá pro resto da minha vida. Já Londres sempre foi meu sonho de consumo, apaixonada por Sex Pistols e pela loucura da cidade, meio sem cara, uma mistura de tudo. Era assim que eu me sentia na adolescência, sem uma identidade própria. E quando eu cheguei lá: uau! Era exatamente como eu pensava!
Voltei a essas duas cidades e espero que possa voltar muitas outras vezes. Mas preciso me permitir conhecer outras partes e sentir de novo aquela emoção de olhar tudo pela primeira vez.
Minhas férias serão em julho. E eu já decidi meu destino com base nas respostas às perguntas acima. Volto depois pra contar detalhes do planejamento...
Bjs

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Só por hoje...

>> 10 maio, 2010

Quando era criança, eu tinha um certo trauma de dia dos pais. Quando chegava o mês de agosto, eu já começava a pensar em tudo que ia acontecer dali a alguns dias. Provavelmente faríamos algo especial na escola: uma cartinha, um porta-retrato, uma colagem, uma poesia, alguma coisa. Minha irmã, como é mais nova, vinha da escola com um bilhetinho pedindo pra mamãe mandar dinheiro pra pagar o presentinho que a escola mandava e invariavelmente minha mãe pagava e minha irmã entregava pra ela ou pra minha vó o tal presente. Eu não. Eu fazia tudo que a escola propunha, chegava em casa e guardava no meio das coisas. Eu não tinha coragem de entregar aquilo pra ninguém porque não queria chorar na frente de ninguém e era isso que acabaria acontecendo porque eu simplesmente não conseguia aceitar o fato de todas as outras crianças terem um pai pra entregar o tal presente e eu não.

Além disso, acho que era uma maneira de fazer minha mãe e as outras pessoas pensarem que eu estava bem, que aquilo era uma coisa normal e que eu nem estava me importando.

Na escola em que eu estudava tinha um coral do qual eu fazia parte (obviamente não havia critérios para participar senão eu não estaria ali) e nessas datas especiais nós cantávamos na Igreja Santíssima Virgem, que fica pertinho da escola. Em um dia dos pais qualquer, a professora do coral me chamou e falou que eu não precisava participar, que ela sabia que meu pai tinha morrido e todo esse blablabla. Eu disse que tudo bem, que participaria. Exatamente pra que as pessoas acreditassem que pra mim era uma coisa bem natural, quando na verdade eu estava morrendo de vontade de fugir dali, que eu estava puta com deus por tudo aquilo.

Se antes eu tinha esse pavor do dia dos pais, esse ano eu desejei que o dia das mães também não estivesse no calendário porque eu não venho falando com a minha muito bem há meses. E o que mais me incomoda nessas datas “especiais”, como Natal e Páscoa e afins, é que as pessoas acham que você tem que ignorar tudo que aconteceu nos últimos meses, comprar um presente e agradecer por ter a melhor mamãe do mundo. Não importa se ela tenha te decepcionado ou te magoado, tudo isso some num passe de mágica nesses dias.
Ontem aquela sensação do passado voltou. Mas agora sou eu que sou diferente. E sou eu que estou determinada a dizer: não, não está tudo bem e não vamos fingir que está tudo bem, ok? Esse ano eu não vou comemorar porque eu não quero. E eu tenho esse direito.
Às vezes me dá um baita alívio não ser mais criança.

"Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz"
Legião Urbana

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