Dicionário Ilustrado da rotina

>> 30 junho, 2010

Junho passou num piscar de olhos. Trabalho, yoga, espanhol... parece que a rotina vai me engolindo e sempre tive um certo medo disso. Mas aí você começa a perceber que a rotina não é tão mal assim. Vejamos:

- Passei a usar oficialmente esse produtinho. Idade chegando, néam? Rs!

- Pintei as unhas de azul na quinta-passada. Não sei que tipo de surto eu tive pq nunca me imaginei de unhas azuis e, embora não tenha gostado muito do resultado, me achei ousada, hahaha!

- Fui a várias festinhas e encontros com amigos. Junho tem uma concentração de aniversários incrível e eu to bem falida por conta disso, mas aproveitei muito!

- Torci pelo Brasil! Muito, como sempre... fico nervosa, ansiosa, falo palavrão pra cacete, mas depois é só alegria. Pelo menos até agora!

- Bebi demais em algumas ocasiões. Aí fiquei até com um remorsinho que fez com que eu mantivesse sóbria em várias ocasiões onde todo mundo tava bebendo. Tive até que ouvir piadinhas sobre estar grávida (toc toc toc).
sem imagens!

- Matei umas aulas da pós, vi outras, comemorei a chegada das férias com pizza e cervejinha com um dos meus melhores amigos (e carona da pós).
sem imagens 2!

-Vi Monty Phyton, grupo de comédia da década de 70 que eu nem sabia que existia , e amei! Vi Toy Story 3, chorei igual bebê, ri... acho que foi o melhor filme do ano. Lindo, lindo!

- Curti muitos momentos especiais com meu babe, minha companhia preferida.

- Comecei a conseguir me desligar no mundo nas aulas de yoga e minha elasticidade melhorou uns 3%. Uhuuu!
Sem imagens 3, afinal, tava concentrada!

- E a melhor das melhores. The Swell Season anunciou que irá fazer show em SP. Pra quem não sabe, essa é a banda do Glen Hansard e da Marketa, que fizeram o filme Once. Esse filme é maravilhoso e já devo ter falado sobre ele aqui no blog, mas não achei... enfim, assistam! E ouçam a trilha... eu tô mtooo feliz por isso! =)


- Tinha esquecido de contar sobre meu momento "celebridade". Há alguns meses, a dona da escola onde estudei espanhol em Santander (Espanha) me mandou um email pedindo um depoimento sobre minha experiência na escola. Mandei e eis que ela me manda um link da página nova da escola e lá tô eu!


Que venha julho!
Bjs

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Planejando uma Eurotrip - parte 2

>> 27 junho, 2010

Disse há algum tempo que voltaria com dicas de albergues. Taí uma coisa difícil de saber pq achar um bom albergue é como um oásis no deserto, sempre tem uma coisinha ou outra que desagrada. Mas como o preço é baixo (na maioria das vezes), não se pode exigir demais.
A primeira vez que fiquei em albergue foi em 2003, minha primeira viagem à Europa, em Londres. Na época nem sabia como fazer essas coisas pela internet, então foi a própria agência onde comprei as passagens que se encarregou disso. Achei a experiência "inusitada" (eu com meus pijaminha da Hello Kitty e três caras dormindo no mesmo quarto!!), mas levei numa boa.
Hoje acho bem mais tranquilo reservar um albergue. Normalmente busco pelo site hostels.com, onde é só colocar o destino e as datas e já é possível encontrar os albergues disponíveis (você pode procurar por preço, disponibilidade, avaliação, etc.). Normalmente, faço as buscas por avaliação e escolho sempre entre aqueles com nota superior a 80%. Isso não garante nada, mas já te deixa um pouco mais seguro.
Olhar a opinião de outras pessoas que se hospedaram naquele albergue é muito bom e normalmente nesses que têm boa avaliação, as pessoas ressaltam os pontos positivos e citam os negativos.
Antes de reservar, o ideal é olhar sempre a localização. Se não está exatamente no centro, tem que estar perto de uma estação de metrô ou outro meio de transporte que te leve fácil pra lá. Com isso, sempre tivemos bastante sorte.
Outra coisa é a limpeza. Conforto é sempre bom, mas limpeza é indipensável. Tivemos muito azar com isso em Roma, onde nosso albergue fedia horrores e era meio nojento.
Conforto é uma coisa bem relativa pra cada um. Obviamente é melhor dormir num quarto onde fique só o seu grupo, mas já não me incomodo mais de dormir com outras pessoas. O máximo em que ficamos foi oito e acho que é bastante gente. Acho que mais que isso já é demais... Nunca tivemos problema de roubo, mas sempre demos preferência a quartos que tivessem lockers.

Nosso quarto em Barcelona - quatro beliches e muito espaço para malas)
Já em quartos menores, não tem esse tipo de preocupação e dá pra ficar mais à vontade (se forem só meninas dá pra se trocar pra balada numa boa), mas, por outro lado, eles costumam ser bem pequenos e apertados. Em Paris e Madrid, pegamos quartos para quatro pessoas e não havia quase espaço para as malas... no inverno, foi tranquilo, mas no verão deve ser um inferninho!


Quartos com pouco espaço, mas que comporta o número certo do grupo!
Ainda pensando em conforto/limpeza, é bom sempre analisar se o banheiro fica dentro ou fora do quarto. Ficando fora, você corre o risco de dividi-lo com a torcida do Flamengo (o que não é necessariamente ruim pq se o albergue tem um sistema eficiente de limpeza, ele se mantém limpinho mesmo com a alta rotatividade); ficando dentro, você divide só com quem está hospedado naquele quarto - normalmente essa opção é para quartos de até quatro pessoas.
Para quem vai sozinho, dar uma olhada nas avaliações de "fun" pode ser um bom negócio. Vários albergues têm um bar e o pessoal costuma se encontrar lá (né, Lud?), mas esse é um item ao qual não costumo dar muita atenção porque normalmente vamos só pra dormir.
Nesse site do hostels é super fácil reservar e seguro também. O pagamento pode ser feito pelo cartão de crédito (internacional, claro) pelo site, mas só é preciso pagar 10% do que será cobrado. O resto você paga lá. Depois da reserva feita, você depois recebe um email confirmando a reserva e todos os dados.
Os preços variam bastante e, por isso, é preciso prestar atenção em tudo. Encontramos albergues super baratos para essa próxima viagem - 13 euros - e outros nem tanto - 35 euros (mas optamos por alguns um pouco mais caros, mas com melhor localização, por exemplo). Se der certo, recomendo por aqui depois da volta.

Bom restinho de finde!
Bjs

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Pensamentos da Infância

>> 18 junho, 2010

Tem gente que tem a impressão de que a vida era mais fácil na infância, tem gente que tem certeza disso e tem gente muito amarga – como eu – que pensa que isso é mentira das boas. E quando digo boa é só porque é convincente.

O fato é que na infância, as pessoas tendem a acreditar em uma porção de coisas que não existem e as pessoas ou a própria vida te mostram que aquilo lá não é verdade (no fundo, no fundo, você sabia que não era verdade. Afinal, como é que Papai Noel tá em todos os shoppings e no Polo Norte e tals?)

Um exemplo de quando uma pessoa mais velha te conta que algo em que você acreditava é meu mesmo, mas a “vítima” foi minha irmã, rs! Um dia, cansada desse papo de Papai Noel e achando que as pessoas estavam fazendo ela de tonta – e com inveja master dela ainda acreditar e eu, não-, contei pra ela que ele não existia. Ela, é claro, foi perguntar pra nossa mãe que, é claro, perguntou quem é que tinha contado esse absurdo. Acho que posso omitir o próximo “é claro” dessa história, né? Bom, mas aí depois disso eu me senti tão culpada (e com tanto medo da minha mãe) que eu falei pra ela que era brincadeira, que era óbvio que Papai Noel existia, mas aí ela já não botou muita fé.

Ok, vamos aos casos em que a vida se encarrega dessas coisas.

No último dia das mães em que meus pais estavam juntos, meu pai deu um relógio pra minha mãe e eu lembro como se fosse hoje daquele momento em que fomos os três (eu, ele e minha irmã) entregar o relógio pra ela numa caixinha preta toda bonitinha. Aí que depois que meu pai morreu, minha mãe passou a usar o relógio direto e, na minha pseudo-compreensão do universo, aquele relógio era um símbolo da presença do meu pai. Um dia, depois de um tempo, um moleque roubou o relógio da minha mãe num semáforo qualquer. Eu estava no banco de trás e minha angústia foi tão grande que eu chorei aquele choro doído... todo mundo ficou triste, mas em mim era como se agora minha mãe não fosse mais lembrar dele toda hora (com o perdão do trocadilho!).

Na infância/ adolescência, todo mundo tem seus heróis. Meu babe me contou hoje que adorava o Magic Johnson e aí ficou super triste quando ele contou que estava com AIDS. Como é que pode nosso herói ser suscetível a essas coisas? E aí, num programa de televisão em que ele (o Johnson, não meu babe) foi numa creche ou algo do tipo, uma menina fez uma pergunta e depois começou a chorar e aí ele chorou. E até meu babe chorou!
Isso me lembrou do Cazuza... engraçado pensar como eu adoro Cazuza e ele morreu quando eu tinha só cinco anos. E eu lembro que todo mundo em casa ficou com os olhos cheios d’água quando passou no Jornal Nacional que ele tinha morrido e eu fiquei em estado de choque quando olhei aquele cara na cadeira de rodas, magérrimo, careca, com um lenço na cabeça, frágil... e aí passou um momento dele antes, saudável, lindo, curtindo a vida. Eu realmente não entendia como podia ser o mesmo cara...

Só pra dar ninguém ficar deprê, teve um sonho infantil que depois eu vi que era uma mentira das boas, mas me deixa feliz pensar como eu era tolinha. A gente ia no Mc Donalds uma, duas vezes por mês. Primeiro porque era uma porcaria, segundo porque a gente tinha o costume de comer sempre em casa e o mc era relativamente caro. Mas a ideia que eu tinha era de que a gente não ia porque Mc Donalds era caro e só gente rica podia ir com frequência e sempre pensava: quando eu crescer, eu quero ser rica pra poder ir no Mc Donalds todo dia! Era meu objetivo de vida! Hoje eu posso ir ao Mc Donalds todo dia, mas continuo pobre... só que só de saber que esse sonho infantil é possível já me deixa feliz... por um lado, é tão bacana essa inocência infantil...
Bom finde!

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metade

>> 17 junho, 2010

"Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim..."
Metade - Adriana Calcanhoto

Pra variar, chegou junho e estou naquela fase meio pra baixo, com o coração todo angustiado, mas sem saber o motivo. Sabe quando dá um aperto, uma sensação ruim, mas não tem uma razão real pra isso?? Então...

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Versão 2.5!

>> 06 junho, 2010

Alguns dias sem postar por aqui. Volto hoje um pouco mais velha e com os cabelos um pouco mais curtos e lisos (uhu, progressiva rules!). Nesse tempinho, correria: três festinhas de aniversário de família, meu próprio aniversário, uma ida ao Museu do Ipiranga pra brincar com a câmera semiprofissional do babe, um cineminha básico (vimos O Escritor Fantasma, último do Polanski - recomendadíssimo), alguns filminhos básicos em casa, almoço romântico no restaurante espanhol, cafezinho no Fran's e cochilos de conchinha.
Ganhei alguns presentes que definem bem a Larissa atual:
Um livro e um marca-página - dados por pessoas diferentes mas que se complementam perfeitamente e combinam mto com o momento atual, em que ando tentando ler bastante por conta da pós. No momento, o livro de cabeceira é "lacrimae rerum", do Zizek.
Um pijama e algumas meias daquelas bem quentinhas - perfeitas para descansar bastante nos findes.
Um óculos liiiindo - pra curtir os dias de sol com meu babe e as viagens futuras.
Um kit para beber com os amigos que inclui copinhos e um jogo em que quem for perdendo tem que beber... mais minha cara, impossível!
Dindinzinho - sempre bom, né?
E, pra completar, sexta-feira recebi uma ligação avisando que fui sorteada e ganhei um kit de produtos de beleza... legal, né?
Mas, como sempre, foram recados e ligações inesperadas que tornaram esse o aniversário mais bacana dos últimos anos. Ando me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo e nem é por levar tds essas coisas em sorteios. É porque tem tanta gente bacana na minha vida...

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