Não quero passar por repetitiva, mas vira-e-mexe o papo casamento aparece. Não é o meu, claro. Aliás, fiquei pensando como seria chegar aqui no blog e anunciar meu casamento... caraca, to ficando velha!
Mas o fato é que parece que estou entrando numa fase em que os amigos começam a falar disso e casamento parece que deixa de ser aquele bicho de sete cabeças pra ser O bicho de sete cabeças. Não o casamento como uma vida a dois, mas o que leva a isso: festa, igreja, bolo, vestido, móveis, geladeira, apartamento, condomínio, etc.
Eu confesso que tenho um certo pânico de casamento. Conheço poucos casais que sirvam como exemplo... sim, sei que só quem está lá sabe exatamente o que acontece a quatro paredes, mas tem casais que parecem extremamente acomodados à situação e não mudam nada mesmo que não estejam satisfeitos só para manter aquela sensação de segurança. E isso me assusta muito, sentir que me tornei uma pessoa acomodada com a situação...
Mas aí eu estava pensando em alguns casais que conheço e que parecem se dar bem, conseguem manter acesa a chama do amor (mais cafona impossível) e deixar ainda um clima de namoro mesmo depois de ano de casamento. E eu me pergunto: existe alma gêmea? Juro, já pensei nisso tantas vezes.... e nunca chego a uma conclusão.
Tem um casal especificamente que tem uma história bastante interessante e que sempre me deixa com aquele feeling de algo mágico no ar. Ela tinha acabado de terminar um noivado e estava chateada, decepcionada.... dirigindo distraída na Via Anchieta (pra quem não conhece, é o caminho que leva ao litoral de SP e tb à minha cidade para quem sai de SP), ela percebeu que um cara que estava no carro ao lado estava fazendo sinal para que ela parasse (há uns 25 anos isso não era tão perigoso, né?) e ela parou no acostamento. O cara logo de cara disse que tinha gostado dela, que queria conhecê-la, que tinha sentido que ela era “the one”. E os dois estão juntos até hoje e são muito fofos!
Tem uma outra história que eu acho muito bacana que é da minha bisa, meu maior exemplo de mulher. Ela, filha de libaneses, conheceu meu bisavô, filho de italianos. Me parece que naquela época a relação entre os dois povos não era das melhores e os pais dela proibiram o namoro – mesmo porque ela já estava prometida para um primo libanês. Os dois bateram o pé e mantiveram a relação, então os pais dela decidiram mandá-la passar um tempo na casa de uns tios no Paraná. Ela, bem contrariada, foi. Algum tempo depois, chegou o boato de que meu bisavô tinha se casado com outra e, aliviados, os pais dela autorizaram o retorno a São Paulo.
Logo depois de chegar ela acabou encontrando meu bisavô, que disse ter inventado toda a história exatamente para ela voltar.... apaixonados, os dois decidiram “fugir” por uns dias e, quando voltaram, os pais concordaram com o casamento. Foram uns 60 anos de relacionamento e eu nunca vi os dois brigarem... sempre teve aquele brilho no olhar, as mãos dadas, o carinho, o respeito, a liberdade (ela sempre trabalhou fora, foi uma mulher independente).
Será que to pedindo muito?
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