Namorar é bom?
>> 09 fevereiro, 2010
Não farei aqui um manifesto em defesa do namoro, embora eu seja praticante há alguns anos graças à paciência do meu babe. Porque, confesso, eu sou chata pra cacete. Não é que seja chata porque não tenha um bom papo ou sem graça, porque eu bem consigo ser uma pessoa divertida. O problema é que eu sou muito inconstante. Juro, inconstância é meu sobrenome e indecisão, o nome do meio. Tenho a incrível capacidade de estar super animada num instante, fazendo planos para as horas e seguinte, e depois de 10 minutos virar e falar: “ah, não quero ir mais”. Me entendam, não é que faço isso por mal ou para irritar as pessoas, mas é que de repente a vontade some e eu me sinto super culpada por isso, aí já fico deprê por estragar o dia/noite dos outros e, por conseqüência, sinto menos vontade de ir.
É sempre assim, quando a coisa anda maravilhosamente bem, eu já fico com medo de algo começar a dar errado e parece que inconscientemente começo a boicotar a coisa pra que a outra pessoa não me surpreenda com uma má notícia. Sim, eu sei, sou complicada.
Ao mesmo tempo que sempre fui uma pessoa carente, sempre tive medo de me prender. Na verdade, era medo de estar perdendo alguma coisa. Lembro que logo no começo do meu primeiro namoro tive um surto um dia, comecei a chorar, liguei pra minha melhor amiga, fui pra casa dela e falei: Rê, to perdendo tudo.... eu gosto dele, mas eu quero continuar saindo com meus amigos todo final de semana, quero beber todas na balada gay, quero dançar Madonna com as bichas, quero, quero, quero.... depois de muita conversa, eu me senti melhor e acho que foi exatamente isso que busquei ter no meu próximo relacionamento: liberdade e companheirismo. Para mim, não existem as frases: “você não pode ir”, “eu não quero que você faça/vá/compre/beba/whatever”. No máximo, existe um: “eu não gosto quando você faz isso”. E isso vale para ambos os lados. Me proibir de alguma coisa é uma decisão que a pessoa que está comigo toma uma vez só, porque depois disso é fim da relação na certa. Prezo muito minha liberdade, sair com minhas amigas pra fofocar, sair com meus amigos pra tomar cerveja e falar besteira, sair com meu amigo viado e falar de sexo, famosos gostosos e também reflexões filosóficas, amo sair com a minha irmã pra qualquer lugar, ir ao cinema e adoro fazer as coisas sozinha também (coisa que tenho feito com bastante freqüência ultimamente, principalmente agora que estou “brincando” de scrapbook).
E posso confessar que tenho sorte, porque o sobrenome do meu namorado é compreensão e o do meio é paciência, hohohoho! Não estou dizendo que tudo é perfeito, nós brigamos, discutimos (não muito, mas nós fazemos isso às vezes), temos nossas DRs, nossos momentos que ficamos de bico, que eu choro, mas a gente se entende bem na maior parte do tempo exatamente porque ele respeita tudo isso. E eu também tento fazer isso por ele. Sábado estávamos saindo pra tomar uma cerveja e comer alguma coisa quando uma amiga me liga pedindo colo e atenção e lá foi ela conosco pro bar... e ele nem se incomodou; pelo contrário, ouviu junto comigo o que ela tinha pra dizer, deu conselhos... e eu fiquei cheia de orgulho dele, dessa relação que a gente foi construindo pouco a pouco, dos desafios e problemas que vencemos juntos. Não sei se acredito muito no “felizes pra sempre”, mas cada dia eu me sinto mais segura da minha decisão. And it makes me feel so good!
2 comentários:
Lari, pq nós mulheres somos assim tão complexas? pq nós ficamos depre do nada? e pq encontramos meninos tão fofos que ainda nos apoiam?rs
Olhaaaa..nao deixa o dani escapar pq pra aguentar uma geminiana não é facil..haha!
bjokasss..te adoro
Acho que nemn é tanta questão de ser paciente... acho que é questão de amor mesmo...
Amor e paciencia tem que andar lado a lado...
E eu nem sou tão paciente assim com tudo na vida... tem coisas que me tiram do serio... mas não a minha namorada
beijo
te amo
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