Eurotrip 2010 - BERLIN

>> 14 setembro, 2010

Primeira parada: Berlin (ok, ok, sei que em português é com m, mas acho mto mais charmoso com n, rs!)

Depois de muito planejamento, ansiedade e planos, finalmente começava nossa Eurotrip II. Berlin foi a primeira cidade visitada, mas não exatamente a minha primeira parada porque meu voo foi SP-Amsterdam com a KLM. Aliás, a melhor companhia que já viajei até agora: avião bacana, telas individuais, comidinha razoável e staff mto simpático e solícito. Ah! E um detalhe: no embarque aqui em SP comentei que tinha um voo por outra cia aerea (Transavia) e a menina da KLM disse que como se tratava de uma cia parceira, ia despachar minha mala direto pra Berlin, o que me deixou tranquila caso tivesse algum atraso.

Onze horas e meia depois de embarcar em Guarulhos, cheguei a Amsterdam . Encontrei minha sis na área de embarque pra Berlin e não paramos de fofocar um segundo. Antes de chegar senti um medo de que a minha irmã tivesse mudado muito e que não fosse mais a MINHA irmã, mas bastaram cinco minutos de conversa pra ver que ela continuava a mesma, a única coisa que mudou foi um adquirido sotaque gaúcho de sua amiga Chana.
O voo (reservado pelo site Rumbo) atrasou um pouco, mas foi tranquilo e depois de uma hora estávamos em Berlin. O aeroporto Tegel não tem metrô por perto, mas pegamos um ônibus super tranquilo que nos levou até a estação Alexanderplatz, uma das principais da cidade. Pegamos o metro e descemos em Hermannplatz, caminhamos um pouco e chegamos à casa dos nossos hosts.

Pois é, em Berlin fizemos couch surfing e foi uma experiência incrível! Para quem não sabe, o couch surfing funciona assim: pessoas do mundo inteiro se cadastram no site e disponibilizam suas casas para receber turistas sem receber nada por isso, apenas por camaradagem. Mas o site também aceita cadastro de pessoas que só buscam um couch pra “surfar” e não necessariamente abrem as portas de casa para outros surfers. Mas, resumindo a história, ficamos em um apê super confortável e bem localizado onde mora um casal de meninos muito fofo (especialmente o Friedrich). Não só nos deixaram dormir num sofá-cama que era uma delícia, como deram dicas de passeios, emprestaram o laptop, ofereceram sorvete, café, comida... nos deixaram mto à vontade. Confesso que dormir, comer, tomar banho na casa de um “estranho” é uma sensação meio estranha, mas foi muito bacana. Abaixo, nosso "acampamento".

Bom, nesse primeiro dia chegamos à Berlin já no fim da tarde e queríamos mesmo era botar a fofoca em dia, esticar as pernas e tomar umas cervejas. E assim fizemos. Caminhamos até umaa região tranquila onde tinha um “canal” e ficamos curtindo o sol, vendo os casais namorando, o povo jogando bola. Quando cansamos, voltamos pra casa, dormimos e nos preparamos para o dia seguinte.

Segundo dia, cheias de energia, fomos pra região do Zoologischer Garten, onde passamos pela Kaiser-Wilhelm, igreja completamente devastada durante a segunda guerra. Demos uma volta pela região (cheia de lojinhas bacanas!) e depois fizemos um tour sobre a “Alemanha Vermelha” com o Sandemans New Europe. Para quem não conhece, vale à pena: é uma “empresa” que promove tours em diversas cidades da Europa diariamente. Os básicos (principais pontos da cidade) são gratuitos – em inglês e espanhol – e os específicos são pagos, mas todos são à pé, usando apenas transporte público; o que é ótimo porque dá pra ver bastante coisa da cidade. O tour levou umas três horas e passamos pela área das embaixadas, áreas em que o muro ainda está lá, um memorial às vítimas “do muro” e a região de Oberbaumbrücke, que era uma área da Berlin comunista e hoje é como um centro cultural, onde pessoas do mundo todo pintam as paredes com temas políticos. Abaixo, sis, eu e THE WALL/ Eu em Oberbaumbrüke


O tour acabou por aí e como nossos pés doíam pra cacete e fazia um calor incrível, paramos pra descansar um pouco e decidir o que fazer da vida. Voltamos pra área do Portão de Brandemburgo, passamos pelo Parlamento (onde se pode subir, mas a fila estava enorme), pelo Memorial aos Judeus. De lá, caminhamos até Postdamer Platz, uma das regiões mais modernas da cidade, onde tem um centro comercial com restaurantes, cinema, museu (é claro!).

A melhor coisa de viajar no verão é que os dias rendem muito!! Saímos de Postdmer Platz quase às dez da noite, quando estava escurendo. De lá, passamos no “tio do kebab” ao lado do nosso “acampamento”, tomamos um banho e capotamos. Abaixo, Postdamerplatz.

Terceiro dia de viagem. Acordamos preparadas para irmos ao Campo de Concentração de Sachsenhausen, que fica a uns 40 minutos de trem do centro de Berlin. Mas não contávamos que iríamos nos perder, parar num lugar que nem imaginamos onde seja a ponto de termos saído das áreas ABC de trem... chegamos ao interior alemão!! Tivemos que voltar praticamente tudo e a nossa sorte foi que a fiscal do trem, mesmo sem falar inglês, percebeu nossa aflição e não só não nos multou por andarmos além do que nosso bilhete permitia como também foi generosa o bastante para nos ajudar a voltar pro caminho certo. O resultado é que perdemos o dia todo com isso, por isso, quem for para o Campo, o ideal é ir com os guias da New Europe porque vocês se encontram no centro da cidade. Para ir por conta própria tem que pesquisar cada detalhe antes porque o trem é super confuso (e nós somos as pessoas mais desligadas da face da terra! Se vc for atento, vai chegar lá). Ah! E quem vai de trem ainda enfrenta mais uns 20/30 minutos de caminhada até o campo, por isso, prepare-se!

A visita ao campo pode ser feita por conta própria e você não paga nada para entrar, apenas alugamos aqueles aparelhos pra poder saber exatamente o que era cada área e tal e pagamos três euros por cada um. Apesar do cansaço, valeu a pena, se é que se pode falar assim. Mas ir até Berlin e não saber um pouco mais dessa parte da história não é ir até Berlin. São fotos, imagens, memórias... é possível ver os alojamentos, a cozinha coletiva, os banheiros, o trabalho que eles executavam, a câmara de gás. Você vê tudo aquilo e não acredita porque é impossível compreender. Muitas coisas chocam, talvez para cada um tenha algo que seja mais impactante, mas só de estar ali, olhar aquele espaço e saber tudo que aconteceu... isso é muito assustador! Ficamos pensando como seria morar ali perto, trabalhar ali e tal, mas chegamos à conclusão de que é importante que isso tenha se transformado num ponto de visitação para que ninguém esqueça o que aconteceu e que isso não se repita nunca.

A volta ao centro foi tranquila, não nos perdemos nenhuma vez, mas o cansaço tomou conta da gente. Descemos numa região cheia de lojinhas, comemos, fizemos umas comprinhas na Adidas (ninguém é de ferro, né?), voltamos pro “acampamento”, tomamos banho e nos preparamos pra tomar uma cerveja.

Voltamos à Postdamer Platz na expectativa de fazer algo por ali, mas não achamos nada interessante. Fomos até Alexanderplatz, sentamos num boteco, esperamos 20 minutos por uma cerveja e, como o garçom não apareceu com ela, fugimos dali...hahaha!A noite acabou assim, miada, e capotamos! (abaixo, minha pretinha achando que ia encher a cara, mas passou a noite batido...ahhha)

Último dia em Berlin. Começa a bater aquela pânico de “putaquepariu, não vimos tudo, não aproveitamos o bastante”. Acordamos mais cedo, voltamos até Alexanderplatz e delá caminhamos por uma região muito bacana da cidade, onde vimos a Fonte de Netuno (minha irmã se realizou, pois ela é a maior fã de fontes que eu conheço!), a Catedral de Berlin e o Altes Museum, que é um aglomerado de museus fantástico. Infelizmente, não tivemos tempo de entrar em nenhum, mas mesmo que não curta museus, passar por ali é obrigatório: são construções lindas e uma região arborizada, cheia de músicos de rua. (Abaixo, um dos museus de Berlin)

Pra terminar, passamos na loja do Chico (que na verdade se chama Ampelmann). O “Chico” é o cara do semáforo de pedestres e eu me apaixonei por ele desde o instante em que o vi! Só que eu pensava que era a única, até descobrir que ele é um dos símbolos da cidade e tem até loja própria, onde se encontram desde chaveiros até toalhas e objetos de decoração com ele. (Eu e Chico - não há sinal vermelho para nós! ohohoh)

Antes de correr pra pegar as malas, comemos um DELICIOSO “cachorro quente” com a famosa salsicha alemã por mísero 1,50 euro com direito a mostarda!
Corremos pro “albergue”, nos despedimos de nosso queridos hosts, pegamos o metro, descemos numa estação próxima onde passava um ônibus que levava direto ao aeroporto de Schoenefeld, onde embarcaríamos pra Budapeste – mas isso é história pro próximo post.

Impressões de Berlin? Preciso voltar urgentemente! Berlin é apaixonante, principalmente para quem é apaixonado por história, cerveja e globalização. Berlin é uma cidade de opostos, cheia de estações de metrô antigas, sujas, estranhas; mas com regiões tão modernas e com uma arquitetura tão incrível que é difícil pensar que se trata da mesma cidade. Ao contrário do que muitos dizem, os alemães são ótimos anfitriãos: educados, solícitos, sempre dispostos a ajudar, lindos (quero dizer de alma...ahahha!). A cidade é maluca, às nove da manhã tem gente bebendo cerveja no metrô (e pode! Esse é o paraíso!), os turcos estão por todos os lados (sempre com os melhores e mais baratos kebabs) e a cidade tem uma energia incrível, com muitos, muitos turistas espantados com tanta coisa bacana. Berlin exige, no mínimo, uns cinco dias e muita caminhada pra ver tudo, porque a cidade é bem grande e as atrações não ficam tão próximas umas das outras – mas o transporte coletivo é excepcional, com zilhões de estações de metrô.

Resumindo: não perca!
- Tentei ser cuidadosa com nomes e referências. Caso tenha escrito alguma besteira, avisem!
- Mais fotos de Berlin, você encontra aqui

5 comentários:

Bianca Ferreira,  15 de setembro de 2010 às 16:37  

Adorei o post, Larys!!!! agora me deu vontade de incluir Berlim no meu roteiro..hehe!!! aguardo os posts sobre as próximas paradas!!! ;-)
bjssssssssss

Daniwell,  17 de setembro de 2010 às 08:35  

Muito legal!!!!
pena que dessa vez não pude estar junto... pelo menos vcs teriam uma pessoa mau humorada do lado pra "alegrar" a viagem né?
cade os proximos?????
nesse ritmo vc termina de contar a trip quando estiver fazendo a proxima!
beijo
te amo

Larissa 17 de setembro de 2010 às 08:53  
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Carolina,  17 de setembro de 2010 às 09:17  

Que delícia essa viagem! Maravilhosa essa cidade e essa arquitetura, apaixonei! Agora, e esse campo de concentração heim? Eu não sei se teria a mesma coragem que vcs... rs. Mas bela escolha de cidade!
beijos

LUDI 17 de setembro de 2010 às 17:27  

Ah, Berlin, Berlin... Que saudade do tio do Kabab, do Chico, do salsichao (hohohoho)...

A trip comecou bem...pena que acabou :(
Proxima eh merico! Arriba, arriba!

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