Minha mãe mandou eu escolher esse daqui...

Todos os dias fazemos diversas escolhas. O que comer, chegar mais cedo no trabalho, a roupa que vou vestir, o que fazer à noite. Algumas vão além de um único dia, como o que estudar na faculdade, mudar de emprego, terminar um namoro, enfim. O que nos angustia não é o fato de escolher uma coisa, mas sim deixar todas as outras opções pra trás. Escolher significa renunciar e renunciar dói. Renunciamos porque sabemos que nossa vida tem dia e hora pra acabar (embora não se saiba quando) e, por isso, não é possível fazer tudo que desejamos.
Quem nunca teve vontade de arrancar os cabelos na hora de escolher o que prestar no vestibular ou ao ter que optar por dois empregos? E aquela noite em que você tava deprê porque tomou um pé na bunda e seus amigos te chamam pra balada e vc não sabe se vai e enche a cara ou fica em casa ouvindo músicas deprê? Quantas vezes você escolheu com o coração? E com a razão? E com a intuição?
Tenho passado por momentos assim em que me vejo constantemente tendo que fazer escolhas. Sei que preciso de um desafio profissional e sei também que a maioria deles não me oferecerá coisas que tenho no meu emprego atual. Sei que tenho que sair mais com meus amigos e tenho tentado fazer isso. Sei que tenho que ser mais paciente com meu namorado, ouvi-lo mais e palpitar menos (ainda estou no início desse processo evolutivo), sei que tenho que exigir menos de algumas pessoas, inclusive de mim mesma. Sei que tenho que estudar mais, ler mais e estou me esforçando. Mas eu sei também que não preciso ter minha vida toda planejada aos 23 (quase 24 anos) e que sempre podemos traçar um caminho e mudar a rota quando já estamos lá.
Que bom que as escolhas partem somente, e tão somente, de nós mesmos.
Have a safe flight!