you love the smiths?

>> 20 janeiro, 2010



Às vezes eu tenho um “sexto sentido” pra cinema. Claro que as críticas de jornal ajudam muito, mas muitas vezes basta ver um cartaz e, pronto, já to super a fim de ver. Foi assim com o filme O Leitor ( falei sobre isso nesse post). Foi assim também com a série Six Feet Under, quando li no jornal que o SBT ia começar a passar essa série (dublada, argh!) e eu pensei: preciso ver! Vi uns dois capítulos e comprei o box da primeira temporada e amei. Foi assim com o filme The Savages, com o filme Sinédoque, New York, com Closer (é claaaaaro!), e foi assim com 500 days of Summer e é sobre esse último que eu vou falar.
Quando li uma resenha super pequeninha sobre o filme, achei super bobo. Aí encontrei uma outra crítica e li logo no começo que tinha Smiths na trilha sonora. Não precisou de mais nada: fui correndo pedir pro Daniel baixar e vimos logo em seguida e eu amei, não só a história, os atores (apaixonada por ele e por ela!), mas a fotografia e principalmente a trilha sonora, é claro! Mas sabe quando você quer rever e reparar em cada fala, em cada olhar, detalhe, principalmente porque o filme não segue uma ordem cronológica. O resultado é que já vi o filme umas quatro vezes e não paro de ouvir a trilha, to viciada.
Pensei em escrever tudo isso pq esses dias vi em algum lugar alguém falando que não vê um filme mais que uma vez. Comoassim??? Eu posso ver um filme que gosto váááarias vezes sem enjoar. Claro que isso acontece porque de alguma maneira me identifico, o filme mexe comigo, algumas de maneira inconsciente e outras bem consciente.
E 500 days of Summer se encaixa na categoria consciente da coisa, porque em algum momento da minha vida eu já fui bastante parecida com o Thom, partindo de um amor platônico totalmente idealizado (bom, assim são todos os amores platônicos, não?), depois fantasiando uma relação que não existia, uma pessoa que não existia e – acho hoje – um amor que na verdade não existia. Na verdade, como disse a professora de literatura do primeiro colegial, os jovens amam essa sensação de amar uma pessoa e eu acho que era bem isso.
Já faz tanto tempo, mas é inesquecível pensar nisso tudo quando vejo um filme assim. E acho que só agora eu consigo pensar nisso tudo sem mágoa ou rancor e até esboçar um sorrisinho do tipo “isso ia acontecer em algum momento da vida, ainda bem que aconteceu na adolescência quando tinha a desculpa da irresponsabilidade da idade pra acontecer”, rs. E se não foi exatamente como eu sonhei, pelo menos deixou uma liçãozinha básica: nunca amar ninguém mais do que a mim mesma. E quando a coisa desanda, eu penso....
O Summer vai passar, assim como a primavera, o inverno, o outono... “

(E que nenhuma Summer quebre o coração de nenhum Thom amigo meu! Hunf!)

Uma das melhores cenas (pena que cortou o finalzinho):

(Summer) - I love The Smiths
(Thom) - Sorry?
(S) -I said I love The Smiths… “to die by your side is such a heavenly way to die”… I love them.

(Thom) - Holy shit!

2 comentários:

Ludi in the Sky 22 de janeiro de 2010 às 14:33  

Ahhh....ironie!! Quando fizerem um filme sobre a minha vida, minha versao dessa cena estava incluida.

Bruno do Iglu 26 de janeiro de 2010 às 16:59  

O Thom se levanta e grita: eu odeio essa música! (e é obrigado a descer do ônibus)...
A culpa é das Summers; é sim.
O Thom é bobo. Eu gosto do Thom.
Eu sou bobo. E estou absurdamente de acordo com seu texto.
Agora impeça as "Summers" de me deixar no Winter.
Siganme los buenos!

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