Faz parte do (meu) show, meu amooooor!
>> 29 janeiro, 2009
Sou só eu ou tem mais gente por aí que anda com preguiça de postar?
Eu perguntei e ela respondeu: “não gosto”. Assim, curta e grossa. E eu fiquei sem entender nada, sem conceber como aquilo era possível, ainda mais aos 15 anos. Sim, porque eu não fazia outra coisa nessa idade a não ser ouvir música e ir a shows e descobrir novas bandas. E ela não gostava de música... não era um tipo, nem um cantor. Era música! E o mais engraçado é que um tempo depois ela começou a namorar um menino da sala que não tinha nenhum charme, a não ser... tocar piano. Vai entender.
O fato é que comigo (e acho que todas pessoas normais que conheço), a música sempre teve uma importância gigante. Cada fase da vida é marcada por um estilo, uma banda, um cantor ou uma música desde o início da adolescência, começando com Bon Jovi (naquela época eu não tinha Internet em casa e traduzia as letras palavra por palavra...hahaha) e depois passando pra Legião Urbana. Sabe aquele lance de primeiro amor não-correspondido, aliás, platônico? Era um desses, com direito à trilha sonora pra lá de triste, dolorida, com o Renato cantando: “Quem inventou o amor? Me explica, por favor!”.
A fase Legião durou anos, até que a tristeza desse lugar à rebeldia. Começava aí uma fase punk deliciosa, cheia de Ramones e Sex Pistols, visitas à galeria do rock, Capital Inicial (de volta ao auge com o Acústico MTV).
Paralelamente surge uma paixãozinha inesperada, um menino que era o oposto de mim e que gostava de pagode... adivinha? Larissa ouvindo punk, pagode, rock... e Cazuza. Tudo isso porque ele dizia lembrar de mim ao ouvir: “te pego na escola e encho a tua bola com todo meu amor”.
Depois veio uma época meio conturbada em que eu tentava me conhecer e entender nas sessões de terapia. Foi uma fase Ana Carolina em que “confesso acordei achando tudo indiferente” fazia todo sentido. Essa fase durou quase todo o ano de 2001.
Mas o tempo foi passando, o coração foi curando e aí eu só queria ir pra balada e curtir cada segundo. Foi a época em que “Moulin Rouge” fez um sucesso estrondoso, Beyoncé surgia no mundo musical, Madonna estourava com a trilha do 007. E eu ia pra balada gay e me acabava! Em casa, eu ouvia Smiths, Radiohead, Beatles, Bjork, Travis, Belle & Sebastian...
Final do colegial, início da faculdade e de um namoro que teve muitas músicas também.
No meio disso tudo surgiu Damien Rice. Chavão total, mas eu também o conheci ao assistir ‘Closer’ pela primeira vez, em 2005. Saí do cinema completamente impressionada e fui direto procurar o dono daquela voz. No final de semana seguinte voltei ao cinema pra assistir mais uma vez ao filme. Algumas semanas depois ganhei o CD de aniversário e não parei de ouvir. Eu amo um zilhão de bandas e cantores, mas Damien é aquele que eu não parei de ouvir nunca, é aquele que mais mexe comigo, que me arranca lágrimas até hoje, que me faz pensar em várias coisas que aconteceram, que eu sou fissurada. Amanhã, enfim, ele toca em São Paulo. E eu tenho certeza que esse show vai marcar a minha vida!
“and so it is, just like you said it would be”
Peal Jam em 2005 - um dos melhores shows ever!
5 comentários:
Que post lindo, cabeça, corpo e pé. Completinho e musical, adoro. eheheh
Também estava nesse PJ, aliás, nos 2 de SP porque eu sou EXAGERADAAAAAAAAA!!! Viva Cazuza. rs
Have fun!
nem sei o que comentar...
não fui citado ahuhuahuauha
beijo
te amo
Babe, só tenho uma coisa a ter dizer: 22 horas!!!
"I remember it well
The 1st time that I saw your head run the door, cause mine stopped working"
Eu sou a anonima!
XD
ai..eu acho que to na fase Ana Carolina..rs
fora os sertanejos da vida..que tem me acompanhado tbm..rs
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